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terça-feira, 3 de setembro de 2024

DOIDOS E AMANTES


 DOIDOS E AMANTES

de Agustina Bessa-Luís

ISBN:9789726655053

Editor:Guimarães Editores

1ª EDIÇÃO - Outubro de 2005

Dimensões: 204 x 148 x 19 mm

Encadernação:Capa mole

Páginas:256

Peso:301

 EXEMPLAR COMO NOVO, SEM MARCAS DE MANUSEAMENTO.

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 Como comprar

PREÇO: 27.00€

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 Este romance comandado pela ordem dos factos, e que foi primeiro dado a público como folhetim, tem agora outro formato. Terá também outra clientela. Ele é tecido na violência secreta, contrapeso indispensável do sufrágio universal.

 Maria Adelaide é uma mulher munida duma alegria negra que é a de escapar ao amor da lei e às cumplicidades que a rodeiam. Tem nela um pouco de santidade e de malícia; um desdém pela ordem das coisas e um sentimento monstruoso de contar consigo própria. Ela não é um produto da sua época; é outra coisa que não delinquência-vítima. É a delinquência-ruptura, a única que não funciona para proveito do sistema. Surpreende-nos tanto que renunciamos a explicá-la a não ser sob “o ponto de vista dos fins futuros e a sua serenidade sistemática”.

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Agustina Bessa-Luís nasceu em Vila Meã, Amarante, a 15 de outubro de 1922. A sua infância e adolescência são passadas nesta região, cuja ambiência marcará fortemente a obra da escritora. Estreou-se como romancista em 1948, com a novela Mundo Fechado, tendo desde então mantido um ritmo de publicação pouco usual nas letras portuguesas, contando com mais de meia centena de obras.

Representou as letras portuguesas em numerosos colóquios e encontros internacionais e realizou conferências em universidades um pouco por todo o mundo.

Foi membro do conselho diretivo da Comunitá Europea degli Scrittori (Roma, 1961-1962).

Entre 1986 e 1987 foi diretora do diário O Primeiro de Janeiro (Porto). Entre 1990 e 1993 assumiu a direção do Teatro Nacional de D. Maria II (Lisboa) e foi membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social.

Foi membro da Academie Européenne des Sciences, des Arts et des Lettres (Paris), da Academia Brasileira de Letras e da Academia das Ciências de Lisboa, tendo sido distinguida com a Ordem de Sant'Iago da Espada (1980), a Medalha de Honra da Cidade do Porto (1988) e o grau de "Officier de l'Ordre des Arts et des Lettres", atribuído pelo governo francês (1989).

É em 1954, com o romance A Sibila, que Agustina Bessa-Luís se impõe como uma das vozes mais importantes da ficção portuguesa contemporânea. Conjugando influências pós-simbolistas de autores como Raul Brandão na construção de uma linguagem narrativa onde o intuitivo, o simbólico e uma certa sabedoria telúrica e ancestral, transmitida numa escrita de características aforísticas, se conjugam com referências de autores franceses como Proust e Bergson, nomeadamente no que diz respeito à estruturação espácio-temporal da obra, Agustina é senhora de um estilo absolutamente único, paradoxal e enigmático.

Vários dos seus romances foram já adaptados ao cinema pelo realizador Manoel de Oliveira, de quem foi amiga e com quem trabalhou de perto. Estão neste caso Fanny Owen ("Francisca"), Vale Abraão e As Terras do Risco ("O Convento"), para além de "Party", cujos diálogos foram igualmente escritos pela escritora. É também autora de peças de teatro e guiões para televisão, tendo o seu romance As Fúrias sido adaptado para teatro e encenado por Filipe La Féria (Teatro Nacional D. Maria II, 1995).

Em Maio de 2002 Agustina Bessa-Luís é pela segunda vez contemplada com o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores (APE), relativo a 2001, com a obra "O Princípio da Incerteza - Jóia de Família", obra que Manoel de Oliveira adaptou ao cinema com o título "O Princípio da Incerteza", e que foi exibido dias antes da atribuição deste prémio, no Festival de Cannes.

Agustina Bessa-Luís foi distinguida com os prémios Vergílio Ferreira 2004, atribuído pela Universidade de Évora, pela sua carreira como ficcionista, e o Prémio Camões 2004, o mais alto galardão das letras em português.

Morreu dia 3 de junho de 2019, com 96 anos.

 





 

quarta-feira, 15 de maio de 2024

OS DIREITOS DO ESCRITOR


 OS DIREITOS DO ESCRITOR

Alexander Solzhenitsyn

Edição: Nova Crítica –

Brasil – 1969

Páginas: 90

Dimensões: 210x135 mm.

Peso 140

 Exemplar em bom estado, sem rasgos ou anotações.

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PREÇO: 7.00€ - Como comprar

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Reconhecido no Ocidente, depois da publicação de Um dia na vida de Ivan Denissovitch, O primeiro círculo e O pavilhão dos cancerosos, como o maior escritor russo vivo, Alexander Solzhenitsyn continua a ser perseguido na U.R.S.S., onde suas obras proibidas circulam às ocultas sob a forma de centenas de exemplares datilografados.

 Os textos aqui apresentados são a transcrição de suas cartas de protesto enviadas à União dos Escritores Soviéticos e dos debates travados numa das sessões da União a que o autor compareceu: trata-se de uma das mais sinistras tragi-comédias que já nos foi dado conhecer.

 Condenado pela burocracia literária de seu país, nem por isso Solzhenitsyn deixa de reprovar o contrabando de suas obras para o Ocidente, tanto mais que o papel de certos serviços oficiais soviéticos nesse caso não está suficientemente claro.

 No todo, este volume é um libelo contra a imposição de diretivas à criação literária, contra o cerceamento da expressão do pensamento e contra os atentados aos direitos mais básicos do escritor na sua dupla condição de homem e artista.

  OS DIREITOS DO ESCRITOR

 Para Robbe-Grillet (Por um novo romance), os únicos deveres do escritor são para com a literatura; sua atuação como homem comum, como cidadão de um país, deve estar inteiramente separada de sua atividade artística, e na criação de suas obras ele não se deveria impor nenhuma norma fixa, nenhuma linha que significasse um compro- misso com qualquer tipo de orientação política ou outra, por mais justa que fôsse.

 Se o escritor não deve se impor restrições, voluntariamente, menos ainda se admite que deva êle se submeter a diretivas exteriores ao trabalho criador, especialmente quando coações partem de grupos ou organismos interessados na consecução, através da literatura, de objetivos que lhe são totalmente estranhos.

 A literatura (toda atividade criadora), quando submetida a normas, é uma contradição em seus próprios têrmos: em vez de criar, destrói, a começar por si mesma, por sua fun- ção, pela função do escritor. A literatura, como uma das mais legítimas atividades sociais criadoras do homem, freqüentemente tem sido a mola propulsora do progresso cultural e material dos povos através da história. E nunca precisou dos conselhos ou da orientação de outros que não seus próprios autores. Pelo contrário: sempre se ressaltou mais justa- mente quando teve de se opor a essas tentativas de intromissão em seu terreno. Pela sua atuação passada e presente, e pelas suas possibilidades futuras, a literatura tem ou deve ter um crédito de confiança de todos os homens: é desnecessário, e mesmo criminoso para com a humanidade, tentar cercear-lhe a ação, dirigi-la, o que só faz rebaixá-la a meio de propaganda.

 Mais do que qualquer exposição teórica, o exemplo concreto narrado neste volume (exemplo êste que ninguém, em circunstância alguma, deve desconhecer) constitui uma trágica advertência.








 


 

 

OLIVEIRA MARTINS E OS SEUS CONTEMPORÂNEOS


 OLIVEIRA MARTINS E OS SEUS CONTEMPORÂNEOS

F A Oliveira Martins

Guimarães Editores

1ª Edição -1959

Páginas:302

Dimensões: 220x150 mm

Peso:356

 Capa com alguns pequenos danos, miolo em bom estado, amarelecido, sem rasgos, anotações ou sublinhados

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PREÇO: 19.00€   Como comprar

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ÍNDICE

 Explicando

Ascendência e Infância

O Idealista

Sob o signo de Proudhon

Colaborador de A Revolução de Setembro

Federalismo Peninsular

O «Cenáculo»

Oliveira Martins, dramaturgo e poeta

Oliveira Martins entra no «Cenáculo>>

Oliveira Martins parte para Espanha

A «Internacional

 Cisão no «Cenáculo>>

Em socorro de Antero

O «Cenáculo das Águas Férreas>

Eça de Queirós, Oliveira Martins e a Vida Nova

A Bancarrota de 1892 ...

O Iberismo de Oliveira Martins

O poder evocador de Oliveira Martins e o último cenobita do Convento da Arrábida

Oliveira Martins e O Príncipe Perfeito»

A morte de Oliveira Martins... ...

Antero de Quental: O fim trágico do poeta

António Nobre-Nótulas à margem de uma biografia Cartas de António Nobre a Oliveira Martins...

Uma carta de Eça de Queirós e Edurado Prado a Oliveira Martins

A propósito do Album das Glórias

Um inédito de Ramalho Ortigão publicado a propósito da inauguração de uma lápida no prédio em que o escritor faleceu

No centenário do nascimento de Guilherme de Azevedo

O rapto do Sabino>

Oliveira Martins e os poetas seus contemporâneos

Oliveira Martins e António Feijó - Jornada à volta de um epistolário

Três cartas inéditas do poeta Joaquim de Araújo, no espólio literário de Oliveira Martins

 

EXPLICANDO

 Em publicações que a nossa bibliografia regista, na Imprensa diária e em revistas, durante anos tive oportunidade de trazer a público aspectos vários li- gados à vida literária e política de Oliveira Martins, temas que nasci a ouvir invocar por meu Pai.

 Quando das desluzidas comemorações do Centenário do nascimento do poligrafo (1945) dei-me à publicação do volume O Socialismo na Monarquia -Oliveira Martins e a Vida Nova», contribuindo ainda para aquelas comemorações, com três outros trabalhos: Do Cenáculo da Travessa do Guarda-Mor, ao Cenáculo das Águas Férreas, estudo que, a convite da Câmara Municipal do Porto, li na desaparecida sala do evocativo Palácio de Cristal; O Iberismo de Oliveira Martins, que comuniquei em sessão da Associação dos Arqueólogos Portugueses; Oliveira Martins e a Bancarrota de 1892, conferência que realizei na Sociedade de Geografia de Lisboa e, final- mente, A Morte de Oliveira Martins, trecho reproduzido ao microfone da Emissora Nacional.

 Naquele mesmo ano de 1945, comemorou principescamente o País, o centenário do nascimento de Eça de Queiroz. A convite de António Ferro, Secretário Nacional, pronunciei no Grémio Literário, onde se ostentava a magnífica exposição queiroziana, a conferência inaugural de um ciclo organizado: Eça de Queiroz, Oliveira Martins e a «Vida Novas foi o tema que escolhi. Aos indicados trabalhos outros de

carácter episódico, se sucederam. Quando se avança na vida, nas proximidades dos sessenta, e esta não foi coisa fácil de vencer, a prudência, diz-se, aconselha cuidados. Há-os de vário género e até de natureza literária e sentimental. Sentir-me-ia desgostoso se tivesse de abandonar a existência sem deixar reunidos, pelo menos para os legar aos meus, os resultados de trabalhos longos e canseiras não menores, que sejam úteis para o melhor conhecimento e exacta compreensão do carácter e acções de Oliveira Martins, o polígrafo, e da história da segunda metade do século XIX, agitado século que, na vida literária, intelectual portuguesa, dito e repetido está, só encontra par no século XVI: idade de oiro que é o século de Camões.

 O argumento exposto é a razão de ser, portanto, do aparecimento de Oliveira Martins e os seus Contemporâneos, para que se pede benevolência.

 Falei acima, nos meus. Graças a Deus, à cabeça destes, como grande Chefe, vive minha Mãe, a quem dedico estas páginas, com um agradecimento que não tem limites, pelos excelentes exemplos e primorosíssimos ensinamentos morais e religiosos que a nós seus filhos ministrou, fiel a si própria e em fidelíssima continuação do nosso Pai que de nós voou, quando todos quase éramos meninos.

 Estas páginas, onde passa o drama da insatisfação duma vida, a energia rara dum lutador, são suas minha Mãe, na memória de meu Pai.

 Lisboa, 8 de Dezembro de 1959.

 F. A. d'OLIVEIRA MARTINS

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