OLIVEIRA MARTINS E OS SEUS CONTEMPORÂNEOS
F A Oliveira Martins
Guimarães Editores
1ª Edição -1959
Páginas:302
Dimensões: 220x150 mm
Peso:356
Capa com alguns pequenos danos, miolo em bom estado, amarelecido, sem rasgos, anotações ou sublinhados
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PREÇO: 19.00€ Como comprar
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ÍNDICE
Explicando
Ascendência e Infância
O Idealista
Sob o signo de Proudhon
Colaborador de A Revolução de Setembro
Federalismo Peninsular
O «Cenáculo»
Oliveira Martins, dramaturgo e poeta
Oliveira Martins entra no «Cenáculo>>
Oliveira Martins parte para Espanha
A «Internacional
Cisão no «Cenáculo>>
Em socorro de Antero
O «Cenáculo das Águas Férreas>
Eça de Queirós, Oliveira Martins e a Vida Nova
A Bancarrota de 1892 ...
O Iberismo de Oliveira Martins
O poder evocador de Oliveira Martins e o último cenobita do Convento da Arrábida
Oliveira Martins e O Príncipe Perfeito»
A morte de Oliveira Martins... ...
Antero de Quental: O fim trágico do poeta
António Nobre-Nótulas à margem de uma biografia Cartas de António Nobre a Oliveira Martins...
Uma carta de Eça de Queirós e Edurado Prado a Oliveira Martins
A propósito do Album das Glórias
Um inédito de Ramalho Ortigão publicado a propósito da inauguração de uma lápida no prédio em que o escritor faleceu
No centenário do nascimento de Guilherme de Azevedo
O rapto do Sabino>
Oliveira Martins e os poetas seus contemporâneos
Oliveira Martins e António Feijó - Jornada à volta de um epistolário
Três cartas inéditas do poeta Joaquim de Araújo, no espólio literário de Oliveira Martins
EXPLICANDO
Em publicações que a nossa bibliografia regista, na Imprensa diária e em revistas, durante anos tive oportunidade de trazer a público aspectos vários li- gados à vida literária e política de Oliveira Martins, temas que nasci a ouvir invocar por meu Pai.
Quando das desluzidas comemorações do Centenário do nascimento do poligrafo (1945) dei-me à publicação do volume O Socialismo na Monarquia -Oliveira Martins e a Vida Nova», contribuindo ainda para aquelas comemorações, com três outros trabalhos: Do Cenáculo da Travessa do Guarda-Mor, ao Cenáculo das Águas Férreas, estudo que, a convite da Câmara Municipal do Porto, li na desaparecida sala do evocativo Palácio de Cristal; O Iberismo de Oliveira Martins, que comuniquei em sessão da Associação dos Arqueólogos Portugueses; Oliveira Martins e a Bancarrota de 1892, conferência que realizei na Sociedade de Geografia de Lisboa e, final- mente, A Morte de Oliveira Martins, trecho reproduzido ao microfone da Emissora Nacional.
Naquele mesmo ano de 1945, comemorou principescamente o País, o centenário do nascimento de Eça de Queiroz. A convite de António Ferro, Secretário Nacional, pronunciei no Grémio Literário, onde se ostentava a magnífica exposição queiroziana, a conferência inaugural de um ciclo organizado: Eça de Queiroz, Oliveira Martins e a «Vida Novas foi o tema que escolhi. Aos indicados trabalhos outros de
carácter episódico, se sucederam. Quando se avança na vida, nas proximidades dos sessenta, e esta não foi coisa fácil de vencer, a prudência, diz-se, aconselha cuidados. Há-os de vário género e até de natureza literária e sentimental. Sentir-me-ia desgostoso se tivesse de abandonar a existência sem deixar reunidos, pelo menos para os legar aos meus, os resultados de trabalhos longos e canseiras não menores, que sejam úteis para o melhor conhecimento e exacta compreensão do carácter e acções de Oliveira Martins, o polígrafo, e da história da segunda metade do século XIX, agitado século que, na vida literária, intelectual portuguesa, dito e repetido está, só encontra par no século XVI: idade de oiro que é o século de Camões.
O argumento exposto é a razão de ser, portanto, do aparecimento de Oliveira Martins e os seus Contemporâneos, para que se pede benevolência.
Falei acima, nos meus. Graças a Deus, à cabeça destes, como grande Chefe, vive minha Mãe, a quem dedico estas páginas, com um agradecimento que não tem limites, pelos excelentes exemplos e primorosíssimos ensinamentos morais e religiosos que a nós seus filhos ministrou, fiel a si própria e em fidelíssima continuação do nosso Pai que de nós voou, quando todos quase éramos meninos.
Estas páginas, onde passa o drama da insatisfação duma vida, a energia rara dum lutador, são suas minha Mãe, na memória de meu Pai.
Lisboa, 8 de Dezembro de 1959.
F. A. d'OLIVEIRA MARTINS
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