PORTUGAL E O
FUTURO
António de
Spínola
Arcádia
1ª Edição 1974
Exemplar em bom
estado. Capa amarelecida , lombada com ligeiras marcas de desgaste, miolo
limpo, sem anotações.
PREÇO: 7.00€
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O livro
"Portugal e o Futuro" e o 25 de Abril
O general
António de Spínola publica o livro "Portugal e o Futuro" no dia 22 de
Fevereiro de 1974, pouco mais de um mês depois ter sido empossado como
vice-chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas.
As
páginas do livro abriram-se com estrondo e o próprio chefe do governo da
ditadura, Marcelo Caetano, disse tratar-se de um verdadeiro "manifesto de
oposição" ao regime e de um golpe militar anunciado.
Na sequência da
publicação do "Portugal e o Futuro", e perante a recusa dos generais
Francisco da Costa Gomes e António de Spínola - os dois principais chefes
militares do país - em prestar vassalagem a Marcelo Caetano, tanto Spínola como
Costa Gomes são demitidos a 14 de Março.
Dois dias
depois uma coluna militar do regimento das Caldas da Rainha avança para Lisboa,
numa tentativa falhada de derrubar o governo. A 25 de Abril os capitães do
Movimento das Forças Armadas levam a cabo o golpe militar que liquidará o
regime do Estado Novo e escolhem uma Junta de Salvação Nacional para preparar a
transição do país para um regime democrático. Na madrugada de 26 Spínola é
anunciado como chefe da Junta e, a 15 de Maio, toma posse como primeiro
Presidente da República do pós-25 de Abril. A História avançara muito rápido.
O que fazia do
livro de António de Spínola um tão poderoso repto ao regime do Estado Novo?
Basicamente afirmar que as guerras coloniais, que duravam desde 1961, não
tinham solução militar. E que era necessário que a Nação debatesse o problema.
As teses de
'Portugal e o Futuro' eram também um desafio à política oficial: "estamos
numa encruzilhada" do problema ultramarino; "a contestação
generaliza-se a todos os sectores", até "à Igreja e à instituição
militar"; "resta apenas uma via para a solução do conflito e essa é
eminentemente política, a vitória exclusivamente militar é inviável";
"a solução implica a aceitação de princípios, o primeiro dos quais é o
reconhecimento do direito dos povos à autodeterminação".
Escrito por um
dos mais prestigiados generais das Forças Armadas, combatente em Angola e
comandante-chefe na Guiné, o livro teve o papel de uma bomba de profundidade
contra a política africana do regime.
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