CAMPO DE FLORES II – Texto
integral com nota introdutória
João de Deus
Edição: Publicações
Europa-América
Páginas: 290
Dimensões:180x115 mm
Peso: 187
Exemplar em muito bom
estado
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Como comprar
PREÇO:7.00€
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Poeta e pedagogo, João de
Deus de Nogueira Ramos nasceu a 8 de março de 1830, no Algarve, e morreu a 11
de janeiro de 1896, em Lisboa.
Depois de ter frequentado,
durante dez anos, o curso de Direito em Coimbra (onde foi uma das figuras mais
destacadas da boémia estudantil da época e se relacionou com alguns elementos
da Geração de 70, sobretudo Antero de Quental e Teófilo Braga), de ter dirigido
em Beja, entre 1862 e 1864, o jornal O Bejense (onde publicou muitas das suas
primeiras poesias), e de ter iniciado a prática de jurisconsulto, foi eleito
deputado, em 1868, por Sines.
Mudou-se para Lisboa, onde
continuou a frequentar ambientes de boémia literária. Colaborou em vários
jornais e revistas, como O Académico, Anátema, O Ateneu, Ciências, Artes e
Letras, O Fósforo, Gazeta de Portugal, A Grinalda, Herculano, Prelúdios
Literários e Revista de Coimbra.
Por volta de 1868-1869,
coligiu as suas poesias no volume Flores do Campo, a que se seguiram Ramo de Flores
(1869), Folhas Soltas (1876), Despedidas do verão (1880) e Campo de Flores
(1893). No seguimento da sua nomeação para o cargo de comissário-geral do
ensino da leitura, viria a desempenhar um papel social e cultural da maior
distinção, revelando-se decisivos os seus esforços para a alfabetização de
camadas cada vez mais alargadas da população portuguesa.
A publicação, em 1876, da
célebre Cartilha Maternal, método de ensino da leitura verdadeiramente
revolucionário no panorama pedagógico nacional, constituiu um marco importante
desse processo. Devido, em parte, à sua ação de pedagogo, em 1895 foi agraciado
com várias homenagens à escala nacional, entre as quais a de sócio-honorário da
Academia Real das Ciências e do Instituto de Coimbra.
Como poeta, João de Deus
situou-se num momento em que a via ultrarromântica estava já a esgotar-se, mas,
apesar do apreço que lhe manifestavam autores como Antero de Quental, não se
identificou com as preocupações filosóficas e sociais da Geração de 70. De
facto, a temática dominante da sua obra poética afastou-o da nova corrente. O
seu lirismo intimista versa constantemente sobre o amor, e por vezes perpassa
um sentido de plácida religiosidade, exprimindo-se sempre num estilo simples. A
sua obra abrange vários géneros, da ode à elegia, do epigrama à fábula,
passando pelo soneto.
João de Deus, que Antero
considerava, já em 1860, "o poeta mais original do seu tempo",
defendeu e praticou um lirismo depurado, inspirado, a exemplo de Garrett, na
lírica tradicional portuguesa e na obra camoniana, de onde recuperaria o soneto
como um dos seus géneros de eleição.
https://www.infopedia.pt/artigos/$joao-de-deus
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