quarta-feira, 9 de setembro de 2020

O CANTO DA CIGARRA. Sátiras às mulheres

O CANTO DA CIGARRA. Sátiras às mulheres

Augusto Gil

4ª Edição, - 1920?

Guimarães & C Editores

Páginas: 141

Dimensões: 195x130 mm.

 

Exemplar em bom estado, com ligeiras manchas  acidez nas folhas inicais.

PREÇO: 7.00€

 Como comprar

 

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«Dizes que sou um doido, um impulsivo;
Sê-lo-ei às vezes, em em outras não.
Amei-te, é certo, sem nenhum motivo;
Mas quando te deixei - tive razão...»

«Numa carta em estilo soridente
(Mas sobre as linhas da qual
os meus olhos choraram longamente)
Pus este aviso final:

Por notares que manchei
Isso que em cima ficou,
-Não vás supor que chorei...

Foi água que se entornou.»

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Sempre que a vejo a contemplar os céus

Com ar de lírica neurastenia,

Dá-me a impressão de estar pedindo a Deus :

− Ao menos, um alferes d’infantaria!...

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«O Canto da Cigarra – Sátiras às Mulheres» parece ter sido inspirado pelo amor impossível a uma jovem de quem, temporariamente, se afastou e com quem veio a casar-se mais tarde. Magoado e desiludido, traz à tona, neste conjunto de poemas, a sua veia de crítica mordaz das mulheres e da sociedade da época. A mulher aparece, assim, desdenhada, alvo constante a abater, antes de o sentimento, o afecto ou o interesse se tornarem fortes e duradoiros. Uma atitude de sobranceria apaziguada no culto da sátira lírica.
Editadas em 1909, já «desbastadas das mais cortantes arestas», estas sátiras são o resultado de um período intenso de leituras oitocentistas sobre a mulher.
E – Porque é dentro dos ouriços/ Que se encontram as castanhas – esta é uma obra que, deixando de fora os valores feministas, consente a todos uma leitura aprazível na descoberta de algumas meias-verdades jocosas, que são o quotidiano da vivência em sociedade.

- do Prefácio de Gabriela Carvalho à edição de  2014  pela  Althum

 

 

Sobre o autor

Augusto César Ferreira Gil nasceu em 1873 no Lordelo do Ouro e viveu na Guarda, a sua «sagrada Beira», onde passou praticamente a infância e cujo ambiente frio e invernoso serve, em constância, de cenário aos seus versos.



















 

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