sábado, 12 de setembro de 2020

AREIAS MOVEDIÇAS –

AREIAS MOVEDIÇAS –

Fausto Caniceiro da Costa

Capa de Zé Penicheiro

Escola Gráfica Figueirense (Comp.  Imp.)

Figueira da Foz – 1968

Páginas: 168                          

Dimensões: 220x160 mm.

 

Exemplar em bom estado. Tem os cadernos por abrir.

Tem uma assinatura do autor.

 

PREÇO: 10.00€

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“UMA MINA CHAMADA FUTEBOL

O semanário «A Voz de Loulé, publicou recentemente o judicioso comentário que, com a devida vénia, transcrevo: Em pormenorizado artigo que há dias lemos, criticava-se (e achamos que muito bem) a forma como estão sendo contratados os treinadores de futebol em Portugal. Citava-se, por exemplo, o caso de Otto Glória que, em 2 anos de contrato ganhará a bonita soma de 1.140 contos de ordenados, o que Ihe facultará uma receita diária (diária, note-se bem) de 1.594$44!

Parece-nos que na verdade isto toca as raias do inconcebível, pois Portugal não está em condições de sustentar tão astronómicos ordenados. Ganhar cerca de 1.600$00 por dia para ensinar a dar pontapés na bola, é realmente demais.

Que dirão a isto aqueles pobres professores que passaram anos e anos a estudar para ganharem pouco mais.. por mês? Isto passa-se num país pobre como o nosso e com divisas que forçosamente vão ser aplicadas no estrangeiro. Desde que em Portugal se enveredou pelo futebol profissional, os números no chamado «desporto rei» passaram a ser fabulosos. Não se dá hoje um pontapé numa bola que não seja pago principescamente. Os clubes no desejo de ganhar campeonatos «compram jogadores e contratam treinadores por autênticas fortunas, e é por isso que os chamados «grandes», mais do que os pequenos». andam com a borda debaixo de água.

O sr. Otto, é brasileiro, e, se no seu país, estivesse a treinar, receberia a bonita soma de 38 milhões de cruzeiros por ano. Os jogadores portugueses também não ganham menos. Ainda recentemente, cada um dos jogadores do Sporting, pela vitória obtida ao Manchester, recebeu nada menos de 50 contos. Haverá por algum advogado, médico ou engenheiro, que tivesse ganho em 90 minutos de trabalho, por muito bem pago que fosse, tão elevada importância? Eu não o creio... Estou plenamente convencido que não há no Brasil nenhum Treinador de futebol que ganhe aquela soma fabulosa. “

 

“MINI-SAIAS

Não há dúvida que a moda da mini-saia pegou de estaca, pelo menos em certas camadas sociais. Muito embora a moda seja defendida por uns (os estetas), outros (os pseudo moralistas) a têm atacado, esquecendo o velho aforismo de que «o que é bom é para se ver». Pois aqui é que bate o ponto, que é como quem diz, só deviam usar mini-saia as mulheres bastante jovens e bastante bem feitas de membros inferiores. Agora andarem por aí algumas de escorridas canelas, que são mais osso que carne, a abrirem o apetite aos cães esfomeados, isso é que não está certo. Seja como for, se uma mulher enverga tão reduzida indumentária, está pelo menos convencida que tem boa perna, e, como tal, tem igualmente de suportar os olhares mais ou menos libidinosos do bicho homem.

Pois há dias, por causa das mini-saias, um escocês (e não esqueçamos que na Escócia os homens também usam saias) foi multado na cidade de Falkirk, em 15 libras (1.200$00) por olhar para as pernas de duas jovens que vestiam as tais mini-saias. Diz a notícia, que as moças se queixaram à polícia, por o sr. Jack Winchester as olhar com mesmo quando Ihe pedimos para não o fazerem. Mas então se as raparigas foram para a rua naqueles trajes não seria para que o sexo oposto apreciasse a sua plástica? Ora, se eram envergonhadas, vestiam saias compridas e não deveriam abespinhar-se pelos olhares concupiscentes que pudessem provocar no sexo oposto. O certo é que o tribunal local pasme-se - declarou Winchester «culpado de perturbar a ordem pública, e vá de lhe aplicar a multazinha de 15 libras. Eu tenho muito respeito pela magistratura mas aquela do juiz escocês condenar por perturbar a ordem pública um pobre homem só por olhar para as pernas das raparigas, não lembra a ninguém, ou por outra, lembrou ao juiz de Falkirk. O sr. Winchester ao abandonar o tribunal, afirmou: Da próxima vez terei de andar com os olhos fechados. E talvez até que o homem tivesse desejos de perguntar ao juiz se achava mais próprio que ele olhasse para as pernas dos seus patrícios, que andam de saias. E daí, por certo, nenhum mal Ihe aconteceria, pois para aqueles lados está muito em moda esse género de gostos. 16-7-1967 «CASAMENTO, SINGULAR Foi com este título que uma revista angolana publicou há dias a insólita notícia de um «casamento realizado na Holanda, entre dois homens........”

 

 













 

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