Anatole France
Calman-Levi Editeurs
Paris 1926
360 pages
Ancien livre. Pas d'annotations.
PREÇO 7.00€
Histoire de l’ascension infernale
d’Évariste Gamelin, jeune peintre parisien, engagé dans la section de son
quartier du Pont-Neuf, Les dieux ont soif décrit les années noires de la
Terreur à Paris, entre les ans II et III. Farouchement jacobin, fidèle entre
les fidèles de Marat et Robespierre, Évariste Gamelin finira par être nommé
juré au tribunal révolutionnaire.
La longue et implacable succession des
procès quotidiens de plus en plus expéditifs (à partir de la loi de prairial en
particulier) entraîne cet idéaliste dans une folie qui le coupera de ses
proches et précipitera sa propre chute à la suite de son idole Robespierre, au
lendemain du 9 Thermidor. Son amour avec Élodie, la fille de Jean Blaise, son
marchand d'estampes, accentuera l'aspect paradoxal de la montée d'une cruauté
inspirée par des idées politiques a priori généreuses chez ce garçon médiocre
que tout dispose à la gentillesse sinon à la faiblesse.
Justifiant cette danse de la guillotine
par le combat contre le complot visant à réduire à néant les acquis de la
Révolution, au milieu de la tourmente révolutionnaire qui traverse Paris,
toujours avide de justice, Gamelin finit par trahir ses propres principes en
votant la mort du « ci-devant » Jacques Maubel, qu'il prend pour son rival.
Élodie, qui avant Évariste, a cédé à « un petit clerc de procureur très joli
garçon » (devenu le dragon Henry, révolutionnaire par opportunisme, autre
personnage du roman), lui a raconté qu'elle avait été séduite par un jeune
aristocrate, et sur de simples présomptions, Gamelin se convainc qu'il s'agit
de Maubel.
Il finit par être lui-même « placé sur
l’estrade qu’il avait tant de fois vue chargée d’accusés, où s’étaient assises
tour à tour tant de victimes illustres ou obscures » et guillotiné. Il meurt au
milieu des injures du peuple, en regrettant d'avoir été trop faible...
Le personnage de Maurice Brotteaux est
très intéressant. Sans être réactionnaire, cet ancien noble se rend bien compte
des problèmes que traverse la Révolution en cette période et trouve ces
accusations injustifiées. On peut penser que ce personnage incarne le point de
vue de l’auteur.
Fonte: Wikipédia
Fonte: Wikipédia
História da ascensão infernal do jovem
pintor parisiense Évariste Gamelin recrutado na seção de seu bairro de
Pont-Neuf, "Os deuses estão sedentos" descreve os anos sombrios do
Terror em Paris, entre os anos II e III. Ferozmente jacobino, fiel entre os
fiéis de Marat e Robespierre, Évariste Gamelin acabará por ser nomeado jurado
do Tribunal Revolucionário.
A longa e implacável sucessão de
processos diários cada vez mais expeditos (pela lei de prairial em particular)
leva este idealista a uma loucura que o irá afastar dos seus mais próximos e o
precipitarão na sua própria ruína na sequência da do seu ídolo, Robespierre, no
rescaldo do 9 Termidor. O seu amor com Élodie, filha de Jean Blaise, negociante
de estampas impressas, acentuará o aspecto paradoxal do crescimento de uma
crueldade inspirada por ideias políticas "a priori" generosas desse
pobre rapaz sempre disposto à bondade senão mesmo à fraqueza.
Justificando esta dança da guilhotina
com a luta contra o plano para anular as conquistas da Revolução, no meio da
agitação revolucionária que atravessa Paris, sempre ávido de justiça, Gamelin
acaba por trair os seus próprios princípios, votando pela morte do "aqui
presente" Jacques Maubel, que ele tem por seu rival. Elodie, que antes de
Evariste, havia acedido a “um rapaz bonito, um pequeno empregado do
procurador" (que se tornou no dragão militar Henry, revolucionário por
oportunismo, outro personagem do romance), contou-lhe que tinha sido seduzida por
um jovem aristocrata, e por meras presunções, Gamelin convenceu-se que se
tratava de Maubel.
Ele próprio acaba sendo “colocado sobre
o estrado que ele tinha visto tantas vezes repleto de acusados, onde estiveram
sentados, por sua vez, tantas vítimas ilustres ou obscuras” e guilhotinado.
Morre no meio de insultos do povo lamentando ter sido demasiado fraco...
Sobre o autor :
Jacques Anatole François Thibault, mais
conhecido como Anatole France (Paris, 16 de abril de 1844 —
Saint-Cyr-sur-Loire, 12 de outubro de 1924) foi um escritor francês.
De tom céptico, suas publicações
obtiveram grande sucesso. Seu primeiro grande êxito foi O Crime de Silvestre
Bonnard, premiado pela Academia francesa. Outras obras são: Thais, O Lírio
Vermelho, O poço de Santa Clara, A rebelião dos anjos, etc.
Segundo Fulgrosse, durante a guerra
Franco-Prussiana (1870-1871), Anatole France participou na defesa de Paris como
guarda nacional, integrado na 1ª Companhia do 20º Batalhão da Guarda Nacional
do Sena (companhias de guerra), na reserva no reduto de Faisanderie
(Joinville-le-Pont) enquanto decorria a batalha de Champigny, foi declarado
impróprio ao serviço por ser de fraca constituição e passou a cívil em Janeiro
de 1871. Foge de Paris no início da insurreição da Comuna de Paris.
Tendo sido primeiramente bibliotecário
do Senado, foi eleito para a Academia francesa em 23 de janeiro de 1896, para a
poltrona 38, onde ele sucede Ferdinand de Lesseps. Foi recebido na Academia
Francesa em 24 de dezembro de 1896.
Anatole France apoiou a Émile Zola no
caso Dreyfus; ao dia seguinte da publicação do "J'accuse", assinou a
petição que pedia a revisão do processo. Devolveu sua Legião de Honra quando
foi retirada a de Zola. Participou na fundação da Liga dos Direitos do Homem.
Foi laureado com o Nobel de Literatura
de 1921, pelo conjunto de sua obra.
Sobre o autor :
Jacques Anatole François Thibault, mais
conhecido como Anatole France (Paris, 16 de abril de 1844 —
Saint-Cyr-sur-Loire, 12 de outubro de 1924) foi um escritor francês.
De tom céptico, suas publicações
obtiveram grande sucesso. Seu primeiro grande êxito foi O Crime de Silvestre
Bonnard, premiado pela Academia francesa. Outras obras são: Thais, O Lírio
Vermelho, O poço de Santa Clara, A rebelião dos anjos, etc.
Segundo Fulgrosse, durante a guerra
Franco-Prussiana (1870-1871), Anatole France participou na defesa de Paris como
guarda nacional, integrado na 1ª Companhia do 20º Batalhão da Guarda Nacional
do Sena (companhias de guerra), na reserva no reduto de Faisanderie
(Joinville-le-Pont) enquanto decorria a batalha de Champigny, foi declarado
impróprio ao serviço por ser de fraca constituição e passou a cívil em Janeiro
de 1871. Foge de Paris no início da insurreição da Comuna de Paris.
Tendo sido primeiramente bibliotecário
do Senado, foi eleito para a Academia francesa em 23 de janeiro de 1896, para a
poltrona 38, onde ele sucede Ferdinand de Lesseps. Foi recebido na Academia
Francesa em 24 de dezembro de 1896.
Anatole France apoiou a Émile Zola no
caso Dreyfus; ao dia seguinte da publicação do "J'accuse", assinou a
petição que pedia a revisão do processo. Devolveu sua Legião de Honra quando
foi retirada a de Zola. Participou na fundação da Liga dos Direitos do Homem.
Foi laureado com o Nobel de Literatura
de 1921, pelo conjunto de sua obra.