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segunda-feira, 20 de maio de 2024

A DUPLA RESTAURAÇÃO DE ANGOLA


 A DUPLA RESTAURAÇÃO DE ANGOLA  

Contribuição do Ministério das Colónias para as Comemorações do Tricentenário da Restauração de Angola

Autor: Silva Rêgo

Agência Geral das Colónias

Ano: 1948

Páginas: 274

Dimensões: 230x165 mm.

Peso: 409

Exemplar em muito bom estado.

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PREÇO: 43.00€ - Como comprar

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TÁBUA DAS MATÉRIAS

 Tábua das Matérias

Prefácio

Introdução

1. Geografia física de Angola

2. Geografia humana de Angola

3. O Brasil e Angola 4. As Províncias Unidas

CAPÍTULO 1-ENTRE DOIS CATIVEIROS. 1641

1. Após a aclamação de D. João IV

2. Holandeses à vista

3. O ataque holandês

4. A atitude de Pedro César de Meneses

A caminho de Massangano

A tragédia de Benguela

CAPÍTULO II-DE MASSANGANO AO BENGO

1. Em Massangano.... 2. O abandono de Muxima

3. Campanhas contra o gentio revoltado

4. Acções contra os Holandeses

Fim das hostilidades entre Portugueses e Holandeses...

6. Ataque holandês ao arraial do Bengo

CAPÍTULO III-NOVAMENTE EM MASSANGANO

1. Novamente no presídio de Massangano

2. Tréguas entre Portugueses e Holandeses

 3. Principais sucessos do governo de Abreu de Miranda...

4. Continuam as tréguas com os Holandeses

5. Campanhas contra o sertão

CAPÍTULO IV-A DIPLOMACIA AO SERVIÇO DA RESTAURAÇÃO. 1640-

-1644 

1. A embaixada à Holanda em 1641

2. Preparação e conclusão do tratado luso-holandês

3. Consequências imediatas do tratado

 4. A enviatura especial do Dr. Francisco de Andrade Lei- tão. 1642-1644

CAPÍTULO V-SOCORROS PARA ANGOLA

1. Reacção em Portugal perante a perda de Luanda

2. Primeiros esforços para a organização do socorro angolano 3. O desastre do Bengo apressa a partida do socorro

4. A expedição Sequeira-Mendonça

5. Fim desastroso da expedição

CAPÍTULO VI-O SOCORRO DE FRANCISCO DE SOUTOMAIOR

1. A expedição

2. Quicombo

3. Entre Quicombo e Massangano

4. Francisco de Soutomaior em Massangano

5. Campanhas contra a rainha Jinga

6. O desfazer de um plano

CAPÍTULO VII-A SOLUÇÃO DO TRIUNVIRATO

1. Eleição do triunvirato

2. Campanhas na Cavala

3. Após o desastre da Cavala

4. Cerco de Muxima

5. Novo desastre

6. Cerco de Massangano

7. Fim do triunvirato 8. Governo de

Bartolomeu de Vasconcelos da Cunha

CAPÍTULO VIII-A EMBAIXADA DE FRANCISCO DE SOUSA COUTINHO

À HOLANDA. 1643-1650

 1. Dificuldades iniciais da embaixada

2. O desastre do Bengo apreciado pelo embaixador

3. A restituição à vista?

4. Após o desaire

5. O P António Vieira

6. Remando contra a maré

7. O Papel forte

CAPÍTULO IX-PREPARAÇÃO DO ÚLTIMO SOCORRO ANGOLANO

1. A metrópole continua interessar-se por Angola a 2. Salvador Correia de Sá e Benevides

3. A questão do «mestre-de-campo»

4. Últimas dificuldades

CAPÍTULO X-DE LISBOA À SEGUNDA RESTAURAÇÃO DE LUANDA

1. No Rio de Janeiro

2. Composição da esquadra

3. Do Rio de Janeiro a Quicombo

4. Preliminares do assalto

5. O assalto 6. A rendição

7. A iniciativa da restauração de Luanda

 CONCLUSÃO

 Apêndice documental: Carta do P. António do Couto, escrita em Luanda a 5 de Setembro de 1648

Bibliografia

 Índice onomástico e geográfico

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  PREFÁCIO

 TODOS os portugueses sabem o que vulgarmente se quer  dizer quando se fala em «campanhas da Restauração». São lutas contra o jugo castelhano ou holandês, após a revolução nacionalista de 1640, a fim de reganhar o antigo império perdido durante o duro «cativeiro de Babilónia» de 1580 a 1640. Estas lutas assumem ainda significado diverso, quando se trata de lutas na metrópole ou de lutas no Oriente.

 Na história angolana, porém, as «campanhas da restauração apresentam outra significação. Os Portugueses, embora expulsos da costa, estavam firmemente estabelecidos em Muxima, Massangano, Cambambe e Ambaca e, em vista disto, nunca perderam os seus direitos sobre a velha possessão africana. Por conseguinte, a conquista de Luanda pelos Holandeses, embora tivesse representado grave quebra de prestigio para os antigos senhores de toda aquela costa, não abalou em nada os dados fundamentais da presença portuguesa em Africa. Deve, pois, falar-se em «restauração de Luanda» e não em «restauração de Angola».

 Este condicionalismo especial pode explicar, até certo ponto, o interesse do assunto deste nosso estudo, pois os sete anos do co-domínio holandês em Angola foram fecundos em acontecimentos e repletos de lições. Na nossa bibliografia colonial não avulta ainda uma obra a tratar expressamente este período com certo desenvolvimento. Foi este, precisamente, o motivo que nos levou a aprofundar o sentido histórico destes anos, considerados não só em relação aos nossos actos angolanos, como também aos nossos actos europeus.

 A bibliografia que utilizamos é, no geral, a que vulgar- mente se usa quando se deseja estudar qualquer facto da história de Angola nos séculos XVI ou XVII. Cadornega, Silva Correia eo Conde da Ericeira são as bases históricas tradicionais do periodo da restauração angolana. Os Arquivos de Angola têm publicado vários documentos extraídos sobretudo do Arquivo Histórico Colonial e do Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Utilizamo-nos desta utilissima publicação e esperamos que ela continue a servir os estudiosos. Edgar Prestage, por seu lado, é um nome que se não pode esquecer na história diplomática da nossa Restauração. Servimo-nos amplamente dos seus trabalhos sobre as nossas embaixadas à Holanda. A relação da reconquista de Luanda pelos Portugueses é valorizada no nosso trabalho pelo testemunho do P. António do Couto, que assistiu a toda aquela brilhante acção. Este testemunho não foi ainda utilizado por qualquer historiador do glorioso feito e deve notar-se que vem modificar bastante o que até hoje vulgarmente se conhecia a tal respeito. Além disso, consultamos vários documentos no Arquivo Histórico Colonial, riquíssima fonte de estudos ultramarinos. O Con. Delgado, saudoso professor da Escola Superior Colonial, enriqueceu a edição de Cadornega com numerosas e doutas notas que de muita utilidade nos foram. Isto, quanto à originalidade e interesse do nosso estudo.

 Quisemos, pois, apresentar uma obra tanto quanto possível completa referente a estes sete anos de vida angolana e não podíamos escolher melhor altura do que este ano, em que se celebra o terceiro centenário da restauração de Luanda.

 Aproveitamos a ocasião para agradecer ao ilustre director do Arquivo Histórico Colonial, Dr. Joaquim Alberto Iria, todas as facilidades que nos concede nas nossas frequentes visitas do seu arquivo, desejando estender os nossos agradecimentos a todo o sen dedicado pessoal. Os mesmos sentimentos expressamos do St. Dr. Frederico Gavazzo Perry Vidal que tão proficientemente dirige a Biblioteca da Ajuda de Lisboa.

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quarta-feira, 15 de maio de 2024

OLIVEIRA MARTINS E OS SEUS CONTEMPORÂNEOS


 OLIVEIRA MARTINS E OS SEUS CONTEMPORÂNEOS

F A Oliveira Martins

Guimarães Editores

1ª Edição -1959

Páginas:302

Dimensões: 220x150 mm

Peso:356

 Capa com alguns pequenos danos, miolo em bom estado, amarelecido, sem rasgos, anotações ou sublinhados

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PREÇO: 19.00€   Como comprar

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ÍNDICE

 Explicando

Ascendência e Infância

O Idealista

Sob o signo de Proudhon

Colaborador de A Revolução de Setembro

Federalismo Peninsular

O «Cenáculo»

Oliveira Martins, dramaturgo e poeta

Oliveira Martins entra no «Cenáculo>>

Oliveira Martins parte para Espanha

A «Internacional

 Cisão no «Cenáculo>>

Em socorro de Antero

O «Cenáculo das Águas Férreas>

Eça de Queirós, Oliveira Martins e a Vida Nova

A Bancarrota de 1892 ...

O Iberismo de Oliveira Martins

O poder evocador de Oliveira Martins e o último cenobita do Convento da Arrábida

Oliveira Martins e O Príncipe Perfeito»

A morte de Oliveira Martins... ...

Antero de Quental: O fim trágico do poeta

António Nobre-Nótulas à margem de uma biografia Cartas de António Nobre a Oliveira Martins...

Uma carta de Eça de Queirós e Edurado Prado a Oliveira Martins

A propósito do Album das Glórias

Um inédito de Ramalho Ortigão publicado a propósito da inauguração de uma lápida no prédio em que o escritor faleceu

No centenário do nascimento de Guilherme de Azevedo

O rapto do Sabino>

Oliveira Martins e os poetas seus contemporâneos

Oliveira Martins e António Feijó - Jornada à volta de um epistolário

Três cartas inéditas do poeta Joaquim de Araújo, no espólio literário de Oliveira Martins

 

EXPLICANDO

 Em publicações que a nossa bibliografia regista, na Imprensa diária e em revistas, durante anos tive oportunidade de trazer a público aspectos vários li- gados à vida literária e política de Oliveira Martins, temas que nasci a ouvir invocar por meu Pai.

 Quando das desluzidas comemorações do Centenário do nascimento do poligrafo (1945) dei-me à publicação do volume O Socialismo na Monarquia -Oliveira Martins e a Vida Nova», contribuindo ainda para aquelas comemorações, com três outros trabalhos: Do Cenáculo da Travessa do Guarda-Mor, ao Cenáculo das Águas Férreas, estudo que, a convite da Câmara Municipal do Porto, li na desaparecida sala do evocativo Palácio de Cristal; O Iberismo de Oliveira Martins, que comuniquei em sessão da Associação dos Arqueólogos Portugueses; Oliveira Martins e a Bancarrota de 1892, conferência que realizei na Sociedade de Geografia de Lisboa e, final- mente, A Morte de Oliveira Martins, trecho reproduzido ao microfone da Emissora Nacional.

 Naquele mesmo ano de 1945, comemorou principescamente o País, o centenário do nascimento de Eça de Queiroz. A convite de António Ferro, Secretário Nacional, pronunciei no Grémio Literário, onde se ostentava a magnífica exposição queiroziana, a conferência inaugural de um ciclo organizado: Eça de Queiroz, Oliveira Martins e a «Vida Novas foi o tema que escolhi. Aos indicados trabalhos outros de

carácter episódico, se sucederam. Quando se avança na vida, nas proximidades dos sessenta, e esta não foi coisa fácil de vencer, a prudência, diz-se, aconselha cuidados. Há-os de vário género e até de natureza literária e sentimental. Sentir-me-ia desgostoso se tivesse de abandonar a existência sem deixar reunidos, pelo menos para os legar aos meus, os resultados de trabalhos longos e canseiras não menores, que sejam úteis para o melhor conhecimento e exacta compreensão do carácter e acções de Oliveira Martins, o polígrafo, e da história da segunda metade do século XIX, agitado século que, na vida literária, intelectual portuguesa, dito e repetido está, só encontra par no século XVI: idade de oiro que é o século de Camões.

 O argumento exposto é a razão de ser, portanto, do aparecimento de Oliveira Martins e os seus Contemporâneos, para que se pede benevolência.

 Falei acima, nos meus. Graças a Deus, à cabeça destes, como grande Chefe, vive minha Mãe, a quem dedico estas páginas, com um agradecimento que não tem limites, pelos excelentes exemplos e primorosíssimos ensinamentos morais e religiosos que a nós seus filhos ministrou, fiel a si própria e em fidelíssima continuação do nosso Pai que de nós voou, quando todos quase éramos meninos.

 Estas páginas, onde passa o drama da insatisfação duma vida, a energia rara dum lutador, são suas minha Mãe, na memória de meu Pai.

 Lisboa, 8 de Dezembro de 1959.

 F. A. d'OLIVEIRA MARTINS

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BELÉM E ARREDORES ATRAVÉS DOS TEMPOS


 BELÉM E ARREDORES ATRAVÉS DOS TEMPOS

José Dias Sanches

Livraria Universal Editora

1ª Edição

Lisboa -  1940

Páginas:235

Dimensões:220x150 mm.

PESO: 432

IS 1543325890

 Exemplar amarelecido, sem rasgos.

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 PREÇO: 28.00€

 Como comprar

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  ÍNDICE DOS CAPÍTULOS

Belém e arredores através dos tempos

 O sitio do Restêlo

 A capela do Restêlo

O Mosteiro dos Jerónimos

O Baluarte do Restêlo

O livro secreto do Presídio da Torre de Belém

A Capela do Alto de Santo Amaro

O Mosteiro de Nossa Senhora do Bom Sucesso.......

As Quintas de Belém

O Palácio dos Duques de Aveiro

Descrição da Execução dos Távoras

O Palácio dos Condes de Aveiras

O Palácio dos Condes da Calheta

O Palácio dos Condes de S. Lourenço

O Palácio dos Condes de Óbidos

O Paço de Madeira

Belém nos Séculos XVII e XVIII

O actual Palácio da Ajuda

Belém e arredores através dos tempos

Belém no Século XX

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Talvez minha retina tivesse de há longo fixado a fisionomia do sítio de Belém com tanta predilecção, por nêle, a meio daquêle renque de casitas modestas, ter passado os primeiros anos da minha vida.

 Quanto me lembro ainda hoje das minhas brincadeiras com garôtos da mesma idade, por aquêles recantos típicos de Belém, quási escondidos do sol, onde casebres de bôa telha à portuguesa, se viam já ajoujados ao peso dos anos, como únicos comparsas dum passado histórico

 Esse Belém dos meus primeiros dias, em que tudo se me gravou na memória, através das minhas duas janelas, como visão radiante de luz e de esperança, foi para mim, o pano de fundo de tantas histórias e contos, não só testemunhados pessoalmente, como também por meus avós, que os invocavam aos serões de longas noites de inverno, por la terem vivido bastantes anos.

 Quanto me falam ainda da sua vida as bajúcas salvas da camartelo e que ainda ontém eram um número avultado de casebres do século findo.

 Belém, em suma, nunca deixou de ser o sitio escolhido e preferido, não só pela gente marítima, como pela corte e fidalguia, em virtude das suas condições climáticas.

 O tipo característico do velho lôbo do mar, como que arrancado às tábuas do Infante, nunca deixou de fazer parte integrante do cenário do Restelo, desde os tempos longínquos em que partiu para um mundo desconhecido, até aquele em que, envolto numa samarra e no meio de espessos rôlos de fumo, alcatroava suas rêdes junto ao baluarte de Belém.

 Belém, que ainda há bem poucos anos se revia no límpido espelhar das águas amortecidas do Tejo, tem que contar da sua vida uma longa história, desde os tempos mergulhados na penumbra dos séculos, até aos que hoje resplandecem de luz viva.

 Além de várias gravuras atestarem a fisionomia apergaminhada desta terra acolhedora, hóspeda de humildes como de Reis, documentos escogitados em montes de papéis, revelam um passado digno de ser lido e olhado com carinho. Oxalá que minhas faculdades modestas, possam traduzir aquilo que êsses veneráveis documentos históricos encerram, ainda com o perfume duma vida passada que o tempo desfolhou. como elementos para a história do sítio de Belém.