O PRODUTO TURÍSTICO DO
ALTO MINHO –
Francisco Sampaio
Editora: Região de Turismo
do Alto Minho (Costa Verde)
Ano de publicação: 1991
Páginas: 448
Dimensões: 235x160 mm
Peso: 754
Exemplar em muito bom estado
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Prólogo
A história
recente do turismo no Alto Minho encontra-se ligada à actuação do Dr. Francisco
Sampaio afirmação forte e por certo discutível, que exige ser esclarecida tanto
no que significa como no que não significa.
Não foi
certamente o Dr. Francisco Sampaio quem descobriu as potencialidades turísticas
do Alto Minho, ou que iniciou, no Alto Minho, uma actividade turística. Esta
remonta a tempos tão passados quanto o consente a memória, como de resto, o Dr.
Francisco Sampaio é o primeiro a saber, pela sua formação em História,
particularmente atento à história do Alto Minho; ou pelos conhecimentos que tem
da literatura portuguesa, em que o Alto Minho deu lugar ao aparecimento de
páginas das mais belas.
Questão é que o
que se entende, hoje, por turismo, não é o mesmo que terá sido entendido no
passado. O turismo pode ser, hoje, e é-о, по caso do Alto Minho, uma actividade
económica da maior relevância, que necessita de ser pensada e conduzida noutros
termos. Não perde nenhuma das suas dimensões tradicionais; mas vê-se
acrescentada em muitas outras.
É neste sentido
que defendemos a opinião de que a história recente do turismo no Alto Minho se
encontra indissociavelmente ligada ao nome do Dr. Francisco Sampaio. A partir
do momento em que se viu modificada a sua natureza, melhor, a partir do momento
em que essa modificação passou a ser objecto de uma reflexão e de uma actuação
em conformidade
O acabado de
afirmar não significa que o Dr. Francisco Sampaio sempre tenha sabido tudo
sobre turismo, o saiba hoje, ou alguma vez o venha a saber como ocorre com
qualquer de nós, sobre todos os aspectos de nos vida. Mas significa que há no
seu trajecto pessoal um enorme
desenvolvimento,
que tem acompanhado "a par e passo" o evoluir da reflexão sobre o
turismo no Alto Minho, e a própria evolução da actividade turística no Alto
Minho.
O Produto
Turístico do Alto Minho, em que se reproduz uma série de intervenções públicas
do Dr. Francisco Sampaio, constitui uma mostra do seu percurso pessoal, do seu
próprio desenvolvimento.
Contém páginas
belíssimas "em louvor da mulher de Viana". E páginas tão
enternecedoras como as do "Roteiro de Viagens D'Agonia às Feiras
Novas": "comecei na Agonia e comecei bem". Ou páginas tão de
pormenor como as que respeitam aos itinerários turísticos de Santo António de
Val de Poldros.
Sem deixar de ser
o mesmo, é já, no entanto, um outro Francisco Sampaio quem, nas páginas
introdutórias, nos conduz pelos caminhos do produto ou do package turístico,
mostrando-se profundo conhecedor e profundamente embrenhado na discussão do
marketing do produto e das suas condições de comercialização. Ou que,
remontando aos primeiros passos desta mudança de abordagem, se revê no sucesso
da central de reservas da Turihab, em que, com justificada ponta de orgulho, vê
uma criação sua. Presidente da RTAM, deixa reflectir o quanto as instituições
se encontram, hoje, penetradas por uma lógica empresarial.
E, de novo, sem
deixar de ser o mesmo, sendo, no entanto, já outro, é ainda Francisco Sampaio
quem, na qualidade de dirigente da ADETURN, nos dá a conhecer o discurso sobre
"o produto turístico do Norte", proferido na Feira Internacional do
Porto Exponor, aquando da realização do Seminário "Norférias/1993".
Páginas em que o problema sobe de escala, sem perder beleza, como naquelas em
que nos fala do "Porto igual a si mesmo. O velho burgo mantém o rosto duro
do granito e do ferro forjado e a velha alma medieval, austera e ardente...É a
principal atracção urbana da Região Norte, e onde se situa o melhor equipamento
hoteleiro" tudo isto, recor-de-se, a propósito de O Produto Turístico do
Alto Minho, no tomo segundo.
Descrever,
compreender, explicar são passos que, segundo alguém, constroem o caminho para
o conhecimento e para uma actuação mais esclarecida sendo que a explicação
reside no domínio da complexidade, na capacidade de abarcar um fenómeno através
da extensa rede de relações que estabelece com tudo o que o condiciona, e só
aparentemente ou por nossa própria incapacidade pode ser dito que o transcende.
Ficamos à espera
do Produto Turístico do Alto Minho, tomo terceiro, do Dr. Francisco Sampalo.
Reflectir-se-áo, nele, as problemáticas que dão hoje os pimeiros passos: que
não há turismo de qualidade sem ambiente natural e construído de qualidade; que
não há turismo de qualidade sem património de qualidade; que não há turismo de qualidade
sem educação e formação, não já dos profissionais do sector, mas de todo um
povo com quem se pretende que um turista de qualidade se mantenha em contacto.
Por nós, a nossa
postura para com o trabalho do Dr. Francisco Sampaio é a de sempre: a de um
profundo agradecimento por, com ele, nos ter ajudado a crescer.
Porto, 27 de Maio
de 1994
Daniel Bessa
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